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- Reinaldo Lourenço abriu os desfiles dessa quarta-feira
O quarto dia de SPFW deu o que falar! O primeiro desfile foi de Reinaldo Lourenço que, inspirado por sua última viagem à Portugal pegou referencias do dia a dia e folclore do país e transformou tudo em peças supercontemporâneas. O grande destaque do dia é Helô Rocha que teve como ponto de partida da coleção, uma viagem a Alto Paraíso, aqui em Goiás. A baixo confira um compilado dos principais desfiles dessa quarta-feira (21/10).
Fotos: Agência FotoSite
Reinaldo Lourenço
Reinaldo Lourenço passou 15 dias viajando por Portugal e ficou tão apaixonado pelo que viu em pequenas cidades como Viana do Castelo, Minho, Sintra, pelo clima desértico do Alentejo, pelas cidades maiores como Porto e Lisboa que tirou inspiração daí para a coleção de Inverno 2016.
Os azulejos portugueses ficaram mais gráficos, o shape traz alguns momentos de saias rodadas, mas de maneira geral a silhueta é slim, com saias midi, calças retas, belas camisas estampadas e jacquards inspirados nos azulejos em casacos e paletós.
Samuel Cirnansck
Completando 15 anos da sua marca, Samuel Cinansck trouxe à passarela o seu conceito de luz: amor, realização pessoal, saúde, poder, bem-estar, alegria, prosperidade, fortuna, delícia, oásis, euforia, felicidade.
Sem nada muito over, os modelos eram mais sóbrios com saias extremamente fluidas, cinturas marcadas, gola alta, manga comprida em texturas que mereceram um destaque à parte: plumas, barras desfiadas, babados, plissados, sobreposições e bordados. A cartela de cores passou pelo luxo do preto em modelos curtos e longos e pelos pasteis; azul bebê, diferentes tons rosa, verde água e o nude estamparam as peças.
Apartamento 03
“Se o Orlando me ligasse, o que eu ia mostrar pra ele?”. O Orlando em questão é o personagem do livro de mesmo nome escrito por Virginia Woolf em 1928: um homem que um dia acorda mulher, que ficou na cabeça de Luiz Cláudio e se tornou inspiração outono-inverno 2016 do Apartamento 03.
As peças chegam com textura e informação sobreposições, bordados e amarrações, mas nada pesa. Ao mesmo tempo são roupas e looks que não passam batido, têm personalidade e força. Vale destacar o trabalho precioso dos bordados e aplicações de pedrarias, franjas, brocados que percorrem camisas, casacos e vestidos, de um pequeno detalhe até cobrir um look inteiro.
Coven
O 1º desfile da Coven no SPFW chega rodeada por tapeçarias de Genaro de Carvalho, colagens do Cecil Touchon, pinturas do Le Corbusier e ainda não tira o vinil da Laurie Anderson da sua vitrola retrô-moderna. O comprimento é, em grande parte da coleção, mídi. Os acessórios, parceria com Luisa Velludo, são geométricos. Outra novidade boa que quebra um pouco o clima cheio de referências refinadas e aproxima mais da roupa do dia-a-dia é o jeans – jeans mesmo, não é um “tricô de jeans” do tipo que a marca mineira costuma cometer.
Helô Rocha
O ponto de partida da coleção, foi uma viagem a Alto Paraíso de Goiás, que Helô Rocha fez com sua assistente de estilo, Camila Pedroza. Durante os dez dias que ficou na cidade, Helô entrou em contato com o artesanato local e o mood boho místico que deu continuidade ao estilo que a designer já havia começado a imprimir no verão, com o tema dos orixás, quando ainda desfilava como Têca.
O grande destaque da coleção são as peças confeccionadas artesanalmente separadas e depois costuradas com ponto cruz para formar os vestidos, macacões, saias e tops da coleção, com mix de diferentes materiais, como python, couro com elastano, rendas variadas, tecidos tecnológicos, georgete e devorês, vários juntos numa mesma peça. Com novo nome a nova grife deixa de lado o estilo girlie e as estampas que fizeram o sucesso da Têca e foca no caráter sofisticado do high fashion, com vestidos e peças que olham para a moda festa.
