Mesmo 74 anos depois de seu lançamento, Capitães da areia ainda é o livro mais vendido do escritor, tanto a edição padrão quanto a de bolso. Para Eduardo de Assis Duarte, as primeiras obras escritas por Jorge Amado, de tom mais militante, são as mais interessantes. “Depois ele cai numa espécie de crônica de costumes baianos, que fica meio repetitivo”, avalia.
No caso de Capitães da areia, o especialista acredita que parte do êxito se deve à identificação do público com a trama. “Ele toca fundo em um problema seríssimo da realidade brasileira: a crueldade com que o país trata suas crianças. Há uma empatia muito grande, porque essas crianças não são colocadas como vilãs. São vítimas de um sistema injusto”, completa.