A continuidade de projetos, principalmente em relação ao cinema goiano, que tem potencial para se alavancar com ajuda do festival, foi um dos pontos discutidos. “Uma sugestão simples é a catalogação e distribuição das obras produzidas pelos goianos, para maior difusão da produção local, assim como a utilização dos filmes apresentados pela rede de ensino”, destacou Geórgia Cynara.
A importância de agregar valor para a cidade foi a preocupação discutida por Patrícia Mouzinho. “A continuidade é um ponto chave. Após as atividades encerradas, deve haver uma agenda para ser cumprida durante todo o ano pela população local. Esta ações devem envolver cultura e meio ambiente, pois assim os resultados ficam na Cidade de Goiás, de fato e o povo daqui vai se sentir realmente anfitriã de uma grande celebração”, disse.
A questão da organização e implementação de ações do Fica foi levantada por Rodrigo Bouillet. Para ele, é preciso investir na área de rompimento de barreiras. “Podemos pensar em maneiras de articulação em rede. Quanto mais protagonistas nesta rede, melhor e mais oportunidades surgem para a cultura local”, explicou.
Produtora da fósforo cultural, Naya de Sousa detalhou a discussão sobre a importância de ações sociais, para que o público entenda todas as ações do festival e que passe a ser um agente transformador e que levantes discussões que sejam relacionadas ao festival. “Um dos grandes desafios na elaboração de um festival é fazer com que o espectador leve questões discutidas durante o evento para dentro de suas casas”, avalia.
O presidente da Abrafin, Tales Lopes, expôs sobre a relevância de se conseguir agregar toda a comunidade cultural e também os que pensam o meio ambiente em Goiás e no Brasil. Festival precisa entender sua vocação. O Fica tem como função também voltar o olhar para a união entre os pilares do festival: cinema, meio ambiente e música. “O festival já um dos mais importantes do mundo e se tornou um grande mosaico e não é possível retirar as pedras que compõem este mosaico”, pontuou.
Questão comum nos festivais de cinema, o problema de se atrair público o suficiente para lotar as salas de cinema e a necessidade em pensar estratégias para solucionar este problema na maioria dos festivais de cinema país afora também foi debatida no fórum. “Uma forte necessidade é a fidelização de um público para os filmes especificamente, de preparação de espectadores”, salientou o cineasta Carlos Cipriano.