do barulho próximo de aeroportos como Congonhas e Guarulhos. Para se ter uma ideia, a poluição sonora do trânsito paulistano pode chegar até 100 decibéis em corredores de tráfego pesado. Segundo muitos médicos especializados no assunto, é recomendado que a exposição a ruídos acima de 115 decibéis nunca ultrapassem sete minutos por dia. Eles alertam que o ouvido humano tolera bem sons de até 50 decibéis, igual ao barulho gerado em um escritório sossegado, em que as pessoas conversam em voz baixa. A partir disso, o barulho incomoda. Uma campainha de telefone ou um aspirador de pó podem chegar a 80 decibéis, já um secador de cabelo pode chegar a 90. No metrô, o ruído é de 95 decibéis. Já sons a partir de 130 decibéis, iguais ao de uma turbina de avião a 100 metros de distância, podem causar danos permanentes à audição. O silêncio é necessário, porém cada vez mais escasso. Quem mora em grandes cidades, próximo a vias de tráfego intenso, rodovias e aeroportos, sabe muito bem o que é conviver com a poluição sonora. Em São Paulo, por exemplo, há localidades onde as pessoas que trabalham ou moram reclamam muito
Ainda bem que para amenizar ou eliminar de vez este problema dentro de empresas ou mesmo residências, a arquitetura evolui e busca materiais que melhorem as condições de isolamento acústico, favorecendo o silêncio nos ambientes internos. Além disso, para garantir melhores resultados acústicos no interior dos edifícios, privilegiando o conforto de seus usuários, normas de desempenho têm sido desenvolvidas, como a ABNT NBR 15.575, que, dividida em partes, trata sobre este assunto, estabelecendo novos padrões de tolerância ao ruído e regras para que as novas construções atendam a estes parâmetros. Esta norma aplica-se a edifícios residenciais e entrará em vigor em 12 de março de 2012.
Para garantir que o ruído fique do lado de fora, na hora de projetar uma casa ou prédio, é necessário fazer um estudo, para utilizar materiais que ajudarão no isolamento e absorção acústica. Os barulhos de áreas externas entram, basicamente, pelas fachadas que estão expostas ao ruído. Normalmente, portas e janelas são os principais vilões do desconforto. As esquadrias feitas de materiais, em que não possuem soldas em suas junções, ou seja, são montadas por encaixe, já deixam, por exemplo, a água passar durante uma chuva forte, e o som também entrará com extrema facilidade.
Mas já existem diversas empresas que produzem caixilhos acústicos, normalmente de PVC, que vedam muito melhor a casa ou apartamento do ruído externo. “As janelas e portas de PVC possuem um desempenho adequado para isolamento acústico em função do seu projeto e processo de fabricação. Esses perfis primam pela vedação entre seus elementos, o que impede a passagem do som. A utilização de vidros duplos, nesse caso, também auxilia a barrar a onda sonora com redução de até 35 decibéis (dB).”, conta Elisabete Cassettari, da Eurosystem, fabricante de portas e janelas de PVC.
Enganam-se quem pensa que o ruído existe apenas em grandes cidades. Na realidade, a natureza produz SONS. O próprio vento passando pela areia do deserto produz ruído e é deste ponto de partida, considerado ‘silêncio’, que os níveis de ruídos são medidos, chegando até o limite máximo do som produzido pela turbina de avião, considerado extremamente danoso ao ouvido humano.
É importante ressaltar que, para a redução do barulho, os projetos das esquadrias de PVC devemutilizar vidros adequados à cada necessidade ou região. “É importante conhecer bem o projeto e o produto ofertado pelas empresas para evitar produtos de baixa qualidade, que não cumprirão a função desejada.”, finaliza Elisabete Cassettari.